Anti fake disse:

Não coloca não. Foi criada uma narrativa de que a Globo “passa por maus bocados e que a questão é a ausência de dinheiro público investido na emissora e que por causa disso há um ataque direto à emissora”.

Primeiramente, vamos distinguir dois pontos, jornalismo e emissora. A rede globo de televisão, comandada pela família Marinho é totalmente favorável aos planos de privatização propagados pelo bolsonaro, que ajudam os metacapitalistas a acumularem capital sem a possibilidade de surgir concorrência, haja vista a ineficácia do BNDS e dos auxílios estatais para pequenos e microempreendedores. Parte se dá exatamente do fato de que empreender no Brasil é difícil, por uma série de motivos.

Na questão do jornalismo, este goza de uma “independência” consagrada pelo Conselho Federal dos Jornalistas e da importância dada a eles pela Constituição, tanto que não foi recepcionada a lei de crimes de imprensa. Outro ponto é que até pouco tempo não havia a personalização do Governo Federal, na figura do chefe de governo e estado, Bolsonaro. No momento em que o governo não é personificado, afasta-se a responsabilidade de uma pessoa, trata-se de tática psicológica de dissociação, tal qual os eufemismos “praticante de infração penal” utilizado no lugar de “criminoso”.

Quanto a essa narrativa, carece de lógica, pois há tempos a mídia tradicional vem se encontrando em declínio, seja pelo aumento de programas no youtube, seja pelos serviços de streaming, tanto que vemos hoje que boa, senão a maior parte do investimento da Globo vai para o Globoplay, pois eles perceberam que não dá pra competir com a tecnologia. Sobre as demissões da empresa, relembro que a reforma trabalhista flexibilizou a forma de contratação, de forma que atualmente a empresa realiza contratos “por obra”, de forma que a maioria dos profissionais escolheu não continuar dessa maneira.

Pensar que a globo tá se importando com recurso público é ignorar todo o poder que eles têm enquanto maior emissora.